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11-11-2019
Tipos de Óleo de Motor. Decifrar a nomenclatura SAE
O óleo do motor desempenha um papel essencial na performance do automóvel: mantém as peças móveis lubrificadas, trava o desgaste e alarga a vida do motor. Para cumprir devidamente a sua função, é preciso trocá-lo periodicamente. Recomenda-se substituir o filtro de óleo quando mudar o lubrificante.
Bem, isto está claro, mas qual o óleo do motor a escolher para o seu veículo? A resposta será encontrada no livro do carro, contudo, aparecerá sob a forma de códigos específicos, que são frequentemente difíceis de entender. Por exemplo, talvez encontre o óleo 10w40, o 15w40 ou o 5w30, entre outros.
Conhecer em pormenor os óleos de motor que o carro utiliza, servirá para acompanhar de perto este elemento-chave. Trata-se de uma manutenção económica que trava de forma notória o desgaste prematuro das peças. Por exemplo, por 25 euros conseguirá comprar uma embalagem de óleo 10w40, preço semelhante ao dos restantes óleos, embora este possa variar de acordo com a marca escolhida.
Neste artigo encontrará informações precisas sobre as características dos óleos de motor e de como eleger a melhor opção para a viatura em questão.
Tipos de óleo de motor
Existem vários tipos de óleo de motor, com diversas graduações e composições químicas. Uma das classificações principais divide os óleos em multigraduados e monograduados, classificações essas indicadas pelas siglas SAE (Society of Automotive Engineers) na embalagem. Os óleos multigraduados diferenciam-se dos monograduados na sua composição química, a qual reage ao calor, aumentando a viscosidade da substância à medida que a temperatura do motor sobe.
O óleo multigraduado oferece dois graus de viscosidade, um para o arranque a frio e outro para quando o motor está em pleno funcionamento. Se considerarmos, por exemplo, o óleo 10w40, a viscosidade à temperatura ambiente é de 10 e de 40 quando o motor está quente. O “w” indica o valor da viscosidade a altas temperaturas.
Os especialistas recomendam usar óleos multigraduados porque, ao ter uma viscosidade muito baixa à temperatura ambiente, o lubrificante circula mais depressa pelas tubagens e chega às peças móveis quando o motor arranca. Por outro lado, um indicador relevante nos óleos multigraduados diz respeito ao tipo de motor: a letra “S” assinala que o óleo é indicado para motores a gasolina e a “C” para os motores a gasóleo.
Como escolher o óleo para o motor
Poderá escolher um dos diversos óleos recomendados no livro do seu carro. Observe que todas as opções disponíveis correspondem à mesma norma, a SAE. Variar entre as distintas opções sugeridas permite adaptar o tipo de óleo à condição do motor, segundo a idade e desempenho.
Se um veículo é novo ou tem poucos anos de rodagem, o ideal é utilizar um lubrificante com menos viscosidade entre os óleos permitidos. Por exemplo, suponhamos o óleo 5w30, cuja baixa viscosidade otimiza o funcionamento de um motor jovem. Ultrapassados os 100.000 km de rodagem, recomenda-se aumentar a viscosidade a quente em um grau.
Recorrer a uma viscosidade maior a quente, quando o motor já tem uma certa utilização, é uma forma de retardar o desgaste do motor. O que acontece é que as peças móveis começam a perder milímetros de espessura devido à fricção. Desta forma surgem cavidades onde o óleo fica retido se for demasiado líquido. Aumentar a viscosidade do óleo contribuirá, portanto, para a redução da fricção entre as peças desgastadas, permitindo um rendimento mais eficiente.
Aconteça o que acontecer, não se esqueça que mudar o óleo é vital para o automóvel.